sexta-feira, 3 de julho de 2015

Recomeçando de cara e espaço novo


Após um período de pausa no qual refletimos e tomamos decisões importantes para nosso novo ciclo, voltamos com cara e espaço novo. A partir de agora o nosso blog faz parte do site da behavior. Em breve este espaço será desativado!

No site da behavior vocês poderão conhecer sobre os novos estudos que nutrem este blog, se atualizar com as novidades e ainda continuar acompanhando este blog.

Tudo foi feito com muito cuidado e amor e esperamos que vocês gostem.

grande abraço

Nany Bilate

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

PAUSA PARA REFLETIR!


Depois de um ano e meio de conversas sobre temas ligados às pesquisas e conclusões dos Projetos Mulher, Homem e Uno sentimos que é tempo de parar por alguns dias e fazer uma análise sobre o que fizemos, por onde trilhamos e, principalmente, para onde vamos. A ideia é trazer cada vez mais informações úteis e relevantes e, para isso, estamos preparando um novo canal: mais dinâmico e com novo visual. Até fevereiro estaremos de volta e com muitas novidades. Até breve.

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

2015, o ano da construção de nossa nova realidade

Os ciclos da vida sempre me interessaram, desde criança. Adulta, resolvi estudá-los e quanto mais mergulho neles em diversas culturas, crenças e religiões, mais me convenço que tudo tem uma base só apesar das aparentes diferencias. 

Como sociedade estamos vindo de anos difíceis mas necessários - aliás, normalmente os anos difíceis cumprem o papel, de nos empurrar a realizar o movimento que, os anos bons e suaves aos nos entorpecer, adiamos. "Nos tempos calmos, o coração adormece", disse um padre católico numa missa que ouvi tempo atrás. Se aprendêssemos mais rapidamente, ao invés de reclamar tanto durante os anos difíceis, tentaríamos fazer as mudanças que precisamos, com maior agilidade e com menor medo. Mas resistimos. Mesmo ruim, resistimos, pelo conforto do conhecido. 

Em 2013, ano da serpente no horóscopo chinês, fomos obrigados a tirar a pele e passar pelo, as vezes doloroso, processo de transformação.  Sair da área de conforto. Olhar para aquilo que não se queria ver. Cortes, separações aconteceram, mudanças drásticas de planos, também. Principalmente, mudanças de status quo. Difícil estarmos hoje iguais a 3 anos atrás. 

2014 foi o ano do cavalo, para começar a andar. Alguns levaram quase o ano todo para iniciar a caminhada ainda atordoados com as consequências que 2013 deixou. Para ajudar nas escolhas, 2014 trouxe a verdade à mesa. Coisas ocultas vieram a tona, boas e ruins. Tanto no cenário público como privado. Tudo ficou mais claro. Podemos não gostar do mundo que vivemos e que ajudamos dia-a-dia a construir, mas hoje, não podemos dizer que não sabemos.

Para quê tudo isso? Para decidir com maior propriedade. Simples assim. Depois da transformação de 2013 - terremoto e destruição para alguns - 2014 foi o ano para começar a se colocar em pé, observar e decidir o que se quer levar consigo. Foi um ano que muitos de nós questionamos valores, estilos de vida e planos futuros. Foi o ano de maior busca de conexão com o sentir e menos com aparências e modismos. A busca foi por uma resposta maior, aquele tipo de resposta que só ansiamos de tempos em tempos saber, e que responde uma importante questão de nossa existência: afinal, o que que quero ser? como quero viver de aqui para frente?

2015, ano da cabra, o animal que nunca para de trabalhar, vem para concretizar essa resposta. Claro, para quem levou o questionamento a sério e a fundo. Será o ano de realizar, trabalhar e, finalmente, colher. Para quem não decidiu ainda, decida logo. 2015 começa, segundo a astrológica e o calendário chinês, em março. Para quem está pronto para iniciar, comemore o dia 31 de dezembro o fim dos tempos duros de crise, e inicie, pisando firme, seu ano em 1° de janeiro, quando começa segundo o calendário gregoriano.

Seja março ou seja 1° de janeiro, em 2015 o caminho é da construção e da ação. Do trabalho, da produção e, não tenho dúvidas, da colheita. Merecida colheita. Quem não tem medo - e preguiça - em trabalhar naquilo e para aquilo que se deseja na alma, 2015 será o ano de construir uma realidade mais alinhada com o nosso Sentir. De sermos mais autênticos e genuínos com nós mesmos. Quem sabe não está ai uma das chaves para a tão desejada felicidade?

Bom 2015 para todos nós!




Viagem este ano ao meu país, Peru, ao encontro das minhas raízes. Com amigas queridas e meu amor e companheiro de caminhada.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Por um natal de muita luz!


O dia não poderia ser mais especial para encerrar a nossa retrospectiva: falar sobre uma nova forma de poder que começa a ganhar força hoje em dia tem tudo a ver com o natal. Muito falamos sobre o “poder para” que sobrepõe ao "poder sobre” é tudo que Jesus pregou em seu tempo na terra. 

Não há coisa mais linda do que aceitar o outro e amá-lo exatamente como ele é. Não pelo que ele tem e nem pelo que ele representa, mas apenas pelo que ele é. Com todas as diferenças que faz de cada um de nós um ser único. O "poder para" é tão especial que quanto mais aceitamos o diferente, mais nos tornamos uno. 

Algum tempo atrás circulou pelas redes sociais uma foto de diversos líderes religiosos num encontro histórico.  A intenção era mostrar que eles se uniram em torno de um tema fundamental: combater a escravidão que, por mais improvável que pareça, ainda existe no dias atuais. A foto, linda, poderosa, diz claramente: “eu não penso como você, não tenho a mesma filosofia, talvez nem o mesmo Deus, mas eu me uno a você por um propósito maior do que o meu ou o seu pensamento. É lindo isso. É humano e divino ao mesmo tempo. E nos traz a esperança de tempos mais harmoniosos, onde possamos com suavidade e amor nos aproximar do outro sem pedras na mão. Sem raiva ou agressividade. E, principalmente, sem imposição. Quanto mais abertos estivermos, mais próximos estaremos. Quanto mais aceitarmos o outro sem querer modifica-lo, mais a vida fluirá para nós e para a humanidade. 

Talvez este seja apenas um pensamento ingênuo de quem já entrou no clima do natal. Mas se não começarmos a nos espelhar em exemplos como o de Jesus e outros tantos mestres que já andaram por aqui, não sairemos do lugar e de nada terá adiantado a nossa caminhada. Que o amor, a paz, a harmonia e a suavidade esteja em nós, hoje (véspera de natal), amanhã (dia do nascimento de Jesus) e durante todos os 365 dias de 2015. 

Aceite o seu irmão sem julgamentos e sem maldade.  Com um sorriso apenas e amor. Nada mais é preciso para começar um novo jeito de agir. Um natal cheio de luz para todos nós.







sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Ao gênio da lâmpada pediria leveza e diversão para nós, mulheres

Sexta-feira, 19 de dezembro, abri os olhos. Pensei: "hoje é  último dia antes do recesso de 15 dias que terei para descansar e dar boas vindas ao novo ano".  Tento fazer uma lista mental do que ainda está pendente e lembro-me, entre outras coisas, do blog. Estamos no meio da retrospectiva dos Movimentos que marcaram o ano e que irão se fortalecer daqui para frente. "Estou atrasada com isso", é a minha conclusão óbvia. Abro o computador e vejo na planilha que deveria escrever hoje o último texto da restrospectiva, mas com a semana intensa que tive ainda restam 3 textos. Bom...vamos lá, mãos na massa para fazer o que é possível. Passo o olho no último tema que abordei e procuro o próximo:

12/12: A MULHER DESEJA MAIS LEVEZA E DIVERSÃO NA SUA VIDA
(aqui tem duas histórias muito interessantes sobre mulheres que trabalham muito e estão exercitando se desconectar por alguns períodos)



Dou risada e penso: “casa de ferreiro, espeto de pau”. O tema me pega em cheio, afinal, no meio da correria que está sendo a minha vida ultimamente, tenho que escrever sobre a mulher, leveza e diversão.  Como demonstrado acima, sempre incluo links de histórias e referências que vou coletando no dia a dia e que me ajudam a fazer uma linha de raciocínio sobre o assunto na hora de escrever. Vejo a observação que fiz sobre a história de duas executivas poderosas que aconselham mulheres a se desconectar por alguns períodos. Fui reler o texto para lembrar do que se trata. É bacana e cheio de referências interessantes - se você quiser saber mais a respeito é só clicar aqui, pois vou me ater apenas a conclusão que fiz assim que acabei de ler: "o que essas mulheres estão dizendo é que nós não precisamos nos mudar para uma montanha no Himalaia, deixar nossas vidas, nossa hiperatividade, nosso jeito multitarefas de ser, para encontrarmos o equilíbrio. Mas nós precisamos sim, encontrar uma brecha dentro da nossa rotina para respirar fundo e se desconectar - nem que signifique exatos 5 minutos por dias"

Muito se fala em meditação e eu a pratico há décadas. Já experimentei diversas linhas, tipos e métodos, mas não encontrei, até hoje, método melhor do que simplesmente sentar (no chão de preferência) fechar os olhos e respirar. Oxigenar o seu corpo durante algumas respirações profundas. Não....a sua mente não vai te deixar em paz porque você está sentada e respirando. Você não vai parar de pensar em tudo que precisa fazer, nos problemas a resolver, nos dilemas a enfrentar. Eles simplesmente continuarão ali te desafiando. 

Uma sábia senhora me ensinou um truque para conviver em paz com a mente nos momentos de meditação. É assim: os pensamentos virão, portanto não lute uma batalha já perdida. Acolher é melhor. Mas não os retenha. Imagine que são passarinhos vindo até o comedouro – que é a sua cabeça – pegam um pouco de alpiste e vão embora. Isso...parece maluco, mas eu alimento meus pensamentos com alpistes imaginários e eles desaparecem por um tempo. Isso me traz leveza, claro, minimiza a ansiedade, mas, principalmente aquieta a alma e me dá a certeza de que, por mais atarefada que eu esteja, tudo vai dar certo se eu continuar a ser quem eu realmente sou.

Pronto, falei da leveza. Mas e a diversão? Bem....isso já é mais complicado. Esta semana fui a formatura do meu filho (o meu “bebê já é um universitário”), mas isso é outra história. Entre uma emoção e outra fiz um post no facebook sobre algo que aconteceu durante a cerimônia e reproduzo abaixo:

Sobre o discurso foi assim: 4 alunos foram escolhidos pelos colegas para serem oradores das duas turmas de formandos do 3o ano. Três meninas e um menino, o Pedro. Sou testemunha: ele escreveu o texto, leu para mim, lapidou tudo com as meninas. Hoje antes de sair de casa pediu para eu imprimir para ele se preparar, dar uma lida antes. Bem....eu imprimi, mas ele esqueceu o texto em casa. Quando chegamos na escola, lá estavam as meninas concentradas, ensaiando suas palavras. O Pedro já tinha desencanado. Momento da verdade: os quatro subiram ao palco. O Pe foi o primeiro a falar. Não conseguia ler, começou a fazer umas piadinhas para engrenar, resolveu ir de improviso mesmo, falou uma dúzia de coisinhas engraçadas, deu uma zoada nos amigos, caiu todo mundo na risada. E as meninas? Textos impecáveis, com citações inteligentíssimas, lições incríveis de maturidade. Compenetradas, firmes, seguras....a platéia ouvindo, mas já meio dispersos todos! Resumindo: meninos, levando a vida a sério, mas nem tanto, tiram boas risadas do público. Já as meninas...sérias, concentradas, focadas....nem tanto!

As meninas a que me refiro, amigas do meu filho e que frequentam a minha casa, são exatamente como eu, você , sua mãe e mais uma geração infinita de mulheres. A seriedade é a tônica da nossa vida, então, diversão é quase um pecado.  Torna-se um desejo da alma.  Mas também é um exercício, como o da meditação.

Eu, consciente disso, estou aqui negociando comigo mesma para, pela primeira vez, tirar estes dias de descanso que começam amanhã, para valer. Isso significa não fazer almoços enormes na casa da praia, não inventar modas como levar todos os meus sobrinhos para passear no “banana boat” da vez. Não ir nem ao supermercado. Apenas sombra, água fresca, boas risadas na companhia das pessoas que mais amo: minha família e amigos do coração. 

Se existisse um gênio da lâmpada e ele aparecesse agora para mim era só o que pediria. Gastaria todos os meus três desejos fazendo este único e genuíno pedido: sejamos leves e divertidas em 2015. Que assim se faça!

sábado, 13 de dezembro de 2014

Sensibilidade é coisa de homem

Depois de uma semana corrida (porque a energia de que o mundo vai acabar sempre toma conta de nós no último mês do ano) eu acabei não conseguindo encontrar uma história para ilustrar o tema O EXERCÍCIO MASCULINO DA SENSIBILIZAÇÃO que deveria ter postado ontem, dentro das duas semanas de retrospectiva que estamos fazendo. Mas hoje, no salão, sofrendo para fazer a minha sobrancelha, a moça me contou que ela sempre fala para o namorado que ele é "a mulher" do casal. Porque ele é mais chorão, mais romântico, mais dados a "estas coisas de mocinha", disse ela. Não é a primeira vez que escuto isso. 



Mais uma vez ficou claro para mim como as coisas estão andando rápido neste momento. Essa moça é jovem, muito jovem, feminina, uma artista com as mãos firmes que faz dela uma profissional plural no salão que frequento (ela é manicure, depiladora, faz sobrancelha de diversas formas, é maquiadora...). Não se trata da mulher poderosa que passa feito um furacão pelo seu namorado. Nada disso. O que temos aqui já é um exemplo claro deste movimento em que o homem se sensibiliza. Me veio a sensação de que, pela primeira vez, possamos estar mostrando realmente quem somos, sem máscaras e isso maravilhoso.

Um outro exemplo bacana rolou nesta última semana nas redes sociais. Um site publicou fotos divertidas de 23 pais que deveriam estar concorrendo ao título de melhor pai de de 2014. Se você ver as fotos aqui vai entender o quanto os homens estão abertos a se divertir, sensivelmente, com seus pequenos. Muito bonitinho.

E enquanto eu escrevia este texto o meu marido me ligou. Estamos os dois trabalhando muito para poder deixar tudo certo até dia 19 e ir descansar com a família por uns dias. Atendi o telefone e ele me disse: "liguei só para dizer que te amo". É ou não é sensível alguém que está cansado, cheio de problemas para resolver e correndo num sábado à noite parar tudo que está fazendo só para dizer para outra pessoa que a ama?

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Meninos: gritem! O silêncio ficou para trás.

Buscando referências para falar sobre o tema de hoje O HOMEM ACUADO QUE OPTOU PELO SILÊNCIO (um dos temas da retrospectiva do Movimentos Humanos) me deparei com um texto do Eduardo Amuri, um dos responsáveis pelo blog Papo de Homem e consultor de finanças e gestão de empresas e pessoas. Ele falava sobre uma vertente do trabalho dele que é ajudar pessoas a estruturam sua vida financeira. Começa contando sobre um casal que o contratou, pois estavam noivos e queriam viabilizar um início de vida juntos. Ele narra como, ao aprofundar o tema com o casal, ambos ficaram surpresos com o pensamento um do outro. Ele fecha a narrativa desta casal dizendo que, tempos depois, encontrou o noivo que o agradeceu muito pela consultoria e disse que "foi a primeira vez, em 5 anos de relação, em que eles tinham aberto um espaço para falar, de coração, sobre o que realmente chacoalha. Levavam a rotina conversando sobre amenidades, compromissos sociais e vida profissional, mas nunca tinham tido uma conversa realmente profunda, sem jogos, que tocasse o chão

Repare que o “tocasse o chão” acima é um link para outro texto, também do Papo de Homem, neste caso, do Gustavo Gitti, que entre outras coisas, é colunista da revista Vida Simples e coordenador do http://olugar.org/aberto/ e autor do http://nao2nao1.com.br/. Texto que vale a leitura, pois é um convite maravilhoso a boa parte do que tratamos aqui nos últimos meses sobre o “pode para” e não o “poder sobre”. 

Como é fácil de acontecer fui me “enfronhando” de uma referência a outra e pulando de link em link até perceber uma coisa linda: como a nova era está transformando as pessoas rapidamente e como os homens, aos poucos, vão se reabrindo após o silêncio em que se colocaram para não revidar a hiper valorização feminina, como falou a Nany na introdução da retrospectiva, semana passada. 

Eu adoro o universo masculino – e não nenhuma conotação sexual ou sensual aqui. Talvez porque tenha 3 irmãos (e apenas uma irmã), 6 sobrinhos (e duas sobrinhas), um filho e por aí vai. Também porque sempre me senti muito mais a vontade com o jeito simples dos meninos em contrapartida a todo complexo universo feminino que eu mesma vivia dentro de mim. Por isso torço muito por eles! Torço por nós, pelo humano, pelo que realmente somos. Sei que ainda é só o começo e que muitos homens ainda estão vivendo as crenças do passado e suas consequências. Mas sinto que estamos evoluindo quando encontro histórias narrados pelo Eduardo – mostrando claramente a vontade do homem em estabelecer uma relação mais verdadeira com sua parceira a ponto de "tocar o chão" – e quando encontro “meninos” como o Gustavo que demonstra a sensibilidade maravilhosa de em empreender em tantos projetos e palavras de amor.

Hoje agradeço especialmente ao http://papodehomem.com.br/ que abriu ainda mais minha percepção sobre a evolução masculina em um novo tempo.